AK News com o deputado Knoploch e o delegado Uriel Alcântara já havia antecipado a informação confirmada agora pela Polícia Civil
Conforme havia sido revelado com exclusividade durante o AK News – live realizada pelo deputado Alexandre Knoploch – os meninos desaparecidos em Belford Roxo foram mortos por traficantes de drogas. O secretário de Polícia Civil do Rio de Janeiro, Allan Turnowski, confirmou a informação nesta quinta-feira, dia 9 de setembro.
Em entrevista à rádio Tupi, Turnowski afirmou que um traficante do Complexo do Casterar pediu autorização para cometer o crime a um chefe da quadrilha que estaria dentro do sistema prisional.
No dia 17 de agosto, durante a live AK News, transmitida através da página no Facebook do deputado estadual Alexandre Knoploch, o delegado titular da Delegacia de Homicídios da Baixada Fluminense, Uriel Alcântara, reconheceu, pela primeira vez, que as crianças foram assassinadas por criminosos.
— No início, tínhamos diversas linhas de investigação. Conseguimos juntar provas mais concretas após cinco meses que apontassem em uma direção. Hoje, temos uma única linha de investigação: a responsabilidade do tráfico de drogas pelo crime. Já sabemos que essas crianças foram mortas dentro da comunidade e que os corpos foram levados para um rio — revelou durante a conversa com Alexandre Knoploch, em primeira mão.
Lucas Matheus, de 9 anos, Alexandre Silva, de 11, e Fernando Henrique, de 12, foram vistos pela última vez em uma feira do Bairro Areia Branca, em Belford Roxo. Eles teriam sido mortas devido a um furto de uma gaiola de passarinhos, de acordo com as investigações.
O gerente de drogas do Castelar, Wiler Castro da Silva, o “Estala”, é apontado como um dos responsáveis pelo assassinato das crianças. Ele teria sido morto na região da Penha justamente por ter sido o mandante da morte de três crianças, detalhou Allan Turnowski.
— Alguns depoimentos indicavam o envolvimento da quadrilha do Castelar. Inclusive, tinha o nome de um chefe que teria pedido autorização para dentro do sistema (prisional) para efetuar esses homicídios. Essa chefia do Castelar foi chamada no Complexo da Penha e morta exatamente por ter cometido os homicídios. Essa organização criminosa que enfrenta o Estado e não tem mais limites éticos, mesmo no crime, se é que um dia existiram, é a que pratica atrocidades. A Polícia Civil está prestes a concluir o inquérito e dar as respostas – afirmou Turnowski.
De acordo com informações da polícia, os traficantes do Castelar teriam pedido autorização para matar os meninos, mas não teriam dito que os supostos ladrões de passarinho eram crianças.
Assista à entrevista do delegado Uriel Alcântara, titular da Delegacia de Homicídios da Baixada Fluminense, ao deputado Alexandre Knoploch