O deputado estadual Alexandre Knoploch defendeu melhorias salariais para os soldados da Polícia Militar do Rio de Janeiro durante audiência pública na Alerj. A audiência teve como tema o Sistema de Proteção Social dos Militares do Estado do Rio de Janeiro (SPSMERJ). A reunião foi realizada pelas Comissões de Constituição e Justiça, Defesa Civil, Saúde, Segurança Pública, e de Servidores Públicos nesta segunda-feira (06/12).
As 261 emendas ao Projeto de Lei 5.181/21, que cria o SPSMERJ, estiveram no centro do debate. Diversos deputados da Assembleia Legislativa do estado se pronunciaram. O líder do governo na Alerj, deputado Márcio Pacheco (PSC), também defendeu melhores condições de previdência para PMs e bombeiros.
Vice-líder do governo Cláudio Castro, o deputado Alexandre Knoploch ressaltou que o SPSMERJ precisa contemplar questões importantes para os servidores, como o fardamento.
“O fardamento deveria ser disponibilizado pelo governo anualmente. Achar que o mug (farda) do praça que está o dia todo na rua, no sol, na chuva, no vento e no frio, será igual ao do oficial, não tem sentido”, afirmou Knoploch.
Outra questão ausente no PL é a necessidade de renovar os coletes balísticos.
“Não vi nesse projeto de proteção social a questão do colete balístico. Muitos hoje se questionam: ou eu uso o colete balístico vencido e me arrisco ou eu não uso e respondo disciplinarmente. Devemos dar segurança aos policias nesse quesito”, observou.
A escala 24h por 72h constitui mais uma necessidade urgente para a categoria da segurança pública ostensiva, destacou o parlamentar.
“Reafirmo que não faz nenhum sentido o policial militar do Rio de Janeiro hoje não ter a escala 24h por 72 h. Atualmente, diversas policiais do Brasil praticam tal escala. O policial precisa da garantia da sua escala, sem depender do comandante do Batalhão. Fica uma confusão absurda sobre isso”, disse.
Deputado Alexandre Knoploch defende incorporação das gratificações ao salário da PM
Alexandre Knoploch ainda destacou que os deputados precisam aproveitar a discussão sobre o PL para melhorar a questão das gratificações.
“Já tivemos todo tipo de gratificações, como gratificação faroeste etc. O policial hoje chega exaurido ao Batalhão por fazer o RAS (Regime Adicional de Serviço), para complementar a renda. Ora, isso acontece porque o salário dele é pífio. Essa é a realidade. Devemos aproveitar esse momento e debater o tema da gratificação. Basta somar as gratificações comuns a quase todos e criar um salário com tais gratificações. Não tem mistério”, defendeu o deputado.
O vice-líder do governo não esqueceu o tema da alimentação: ele defende um auxílio suficiente para evitar “padrinhos”.
“O PM que não quer comer no rancho deve ter uma gratificação razoável para comer na rua. Sem precisar ir no “padrinho” para comer. Isso tampouco foi debatido no PL da Proteção Social”, acresentou o deputado estadual Alexandre Knopploch.