Knoploch faz balanço da CPI das Crianças Desaparecidas

Presidente da Comissão Parlamentar de Inquérito que investigou as causas de desaparecimentos no estado, deputado Alexandre Knoploch presta contas à população sobre os trabalhos realizados na Alerj em artigo publicado no jornal O Dia

O jornal carioca O Dia publicou nesta quarta-feira (09/02) um artigo assinado pelo deputado estadual Alexandre Knoploch com um breve balanço da CPI das Crianças Desaparecidas. A Comissão Parlamentar de Inquérito foi realizada na Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro (Alerj) em 2021.

“Ao longo de seis meses nos quais estive à frente da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) das Crianças Desaparecidas, na Assembleia Legislativa do Rio, foram muitas as denúncias de desaparecimentos de crianças nunca desvendados, casos de negligência no atendimento às mães que buscavam por seus filhos nas delegacias, e infindáveis pedidos de ajuda dos familiares de crianças e adolescentes sumidos em todo o Estado”, esclarece o deputado no artigo intitulado Alexandre Knoploch: CPI dos Desaparecidos: Uma prestação de contas.

Operadoras de telefonia foram cobradas a cumprir a lei do Alerta Pri durante a CPI

O deputado Alexandre Knoploch revela que, logo no início da CPI, instalada em junho de 2021, percebeu que a missão seria árdua – mas que não desistiu. Afinal, a CPI seria um importante instrumento para cobrar as operadoras de telefonia para que cumprissem a lei do Alerta Pri. Sancionado pelo governador Cláudio Castro, o Alerta Pri prevê disparos de SMS aos celulares de toda a população do RJ, sempre que uma criança desaparecer no estado, conforme registro feito pela Polícia Civil.

A discussão e a elaboração de projetos e políticas públicas para facilitar as buscas de desaparecidos estiveram entre as mais importantes funções da CPI. As questões sociais como causas dos desaparecimentos foram importantes revelações surgidas durante os trabalhos da Comissão. Isso porque a fuga do lar explica 70% dos sumiços, de acordo com a Fundação para a Infância e Adolescência (FIA).

“Quando realizamos as primeiras reuniões da comissão, achei que fôssemos nos deparar mais com questões relacionadas ao crime. Vimos, porém, que o problema é, em sua grande parte, social. Políticas públicas simplesmente não existem para essas famílias, que, em sua maioria, pertencem às classes D e E”, comenta o deputado, chamando atenção para o fato de que São Gonçalo, município com mais de um milhão de habitantes, conta com apenas quatro conselhos tutelares e dois psicólogos.

Alexandre Knoploch também defende a criação de uma delegacia especializada em desaparecimentos – foco do compromisso firmado pela Polícia Civil durante a CPI da Alerj.

“Não podemos mais aceitar que as mães que queiram registrar o desaparecimento de seus filhos tenham que fazer isso na Delegacia de Homicídios da Baixada. Isso significa presumir que seus filhos já estão mortos. Uma crueldade ainda maior com essas mulheres já tão sofridas”, conclui o presidente da CPI das Crianças Desaparecidas.

Leia na íntegra o artigo Alexandre Knoploch: CPI dos Desaparecidos: Uma prestação de contas.

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