Alerj aprova relatório final da CPI dos Incêndios, presidida por Knoploch

Comissão presidida pelo deputado estadual Alexandre Knoploch pede ao MP o indiciamento de ex-diretores do Flamengo e do Hospital Badim

 

A Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro (Alerj) aprovou o relatório final da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) dos Incêndios nesta terça-feira (14/12), em discussão única. A CPI, presidida pelo deputado estadual Alexandre Knoploch, foi concluída em março deste ano. Por ter recebido emendas de parlamentares, retornou para ser votada pelos deputados.

 

Alerj aprova relatório final da CPI dos Incêndios, presidida por Knoploch

 

O documento final da CPI dos Incêndios pede ao Ministério Público o indiciamento de 19 pessoas envolvidas nos incêndios do Ninho do Urubu, do Hospital Badim e da Whiskeria Quatro por Quatro. As três tragédias ocorreram no ano de 2019 e deixaram um total de 33 mortos, sendo dez no Flamengo, 23 no Hospital Badim e três na Quatro por Quatro.

 

A lista dos indiciados pela CPI inclui os nomes de quatro responsáveis do Flamengo: o ex-diretor financeiro Márcio Garotti; o ex-diretor da base Carlos Noval; e os engenheiros Marcelo Sá e Luiz Felipe Pondé. Também foi pedido o indiciamento de representantes da empresa NHJ, que alugava os contêiners para o clube, e de um técnico em refrigeração. Nove pessoas ligadas ao Hospital Badim, inclusive diretores, estão na lista, assim como o dono da Quatro por Quatro.

 

CPI ouviu mais de 80 pessoas para elaborar o relatório, afirma o presidente Alexandre Knoploch

 

Para elaborar o relatório final, a Comissão ouviu 86 pessoas, entre autoridades, especialistas e parentes das vítimas, explica o presidente Alexandre Knoploch. De acordo com o documento final da CPI dos Incêndios, entre as causas do incêndio no Ninho do Urubu, estavam a falta de manutenção do ar condicionado, a ausência de saída de emergência e o uso incompatível de contêineres como dormitórios. No Hospital Badim, a Comissão identificou no subsolo um grande gerador de energia movido a combustível líquido para economizar eletricidade.

 

“Em todos os casos, encontramos muitas irregularidades. Convocamos todas as testemunhas possíveis, responsáveis pelas entidades envolvidas e especialistas. O resultado é um documento minucioso com mais de 400 páginas. Precisamos evitar novas tragédias. No caso do Ninho do Urubu já havíamos enviado todo o material apurado pela CPI para o Ministério Público”, ressalta o deputado estadual Alexandre Knoploch, presidente da CPI.

 

 

 

 

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