Meninos de Belford Roxo: polícia prende 31 pessoas em operação

Live realizada pelo deputado Alexandre Knoploch havia revelado em primeira mão que crianças foram assassinadas pelo tráfico de drogas local

 

A Polícia Civil do Rio realizou nesta quinta-feira (09/12) uma operação para cumprir 56 mandados de prisão no âmbito da investigação sobre o desaparecimento dos três meninos de Belford Roxo. Pelo menos 31 mandados foram cumpridos na comunidade do Castelar, além de duas prisões em flagrante. Conforme revelado em primeira mão durante a live AK News, transmitido pela página do Facebook do deputado estadual Alexandre Knoploch, as crianças foram mortas pelo tráfico de drogas local.

A linha única de investigação trabalhada pela polícia foi revelada pela primeira vez no dia 17 de agosto, a Knoploch, pelo delegado Uriel Alcântara. Na ocasião, o titular da Delegacia de Homicídios da Baixada Fluminense reconheceu, pela primeira vez, que Lucas Matheus, Alexandre da Silva e Fernando Henrique foram assassinados por roubarem uma gaiola de passarinho. A informação foi posteriormente confirmada pelo secretário de Polícia Civil do Rio de Janeiro, Allan Turnowski.

 

— No início, tínhamos diversas linhas de investigação. Conseguimos juntar provas mais concretas após cinco meses que apontassem em uma direção. Hoje, temos uma única linha de investigação: a responsabilidade do tráfico de drogas pelo crime. Já sabemos que essas crianças foram mortas dentro da comunidade e que os corpos foram levados para um rio — revelou o delegado Uriel à Alexandre Knoploch, durante a live AK News.

 

Polícia já indiciou cinco pessoas pelo crime

 

Nesta quinta-feira, Uriel Alcântara revelou que o assassinato das crianças envolveu muita violência e tortura, chocando a opinião pública .

 

“Eles foram torturados. Pode-se chamar de tortura. Em algum momento um deles falece, e eles acham que a solução daquele caso seria matar os outros dois e chamar alguém para levar os corpos para fora da comunidade”, revelou o delegado.

 

Das cinco pessoas indiciadas pelo crime, duas teriam sido assassinados pela cúpula do tráfico de drogas, no Complexo da Penha. Uma delas é a gerente do tráfico do Castelar, Ana Paula da Rosa Costa, conhecida como Tia Paula. O chefe José Carlos Prazeres da Silva, o Piranha, também teria sido morto em um acerto de contas.

 

O caso dos meninos de Belford Roxo foi citado diversas vezes durante as audiências públicas realizadas pela CPI das Crianças Desaparecidas, da Alerj. O deputado Alexandre Knoploch é o presidente da Comissão Parlamentar de Inquérito.

 

Assista à live AK News com o delegado Uriel Alcântara

 

 

 

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