Crianças Desaparecidas: RJ ganhará delegacia especializada

Atualizado: 28 de out. de 2021

Secretário da Polícia Civil, Allan Turnowski, anunciou a novidade durante a CPI presidida pelo deputado Alexandre Knoploch

 

A Baixada Fluminense, finalmente, ganhará uma delegacia especializada em investigar desaparecimentos. Foi o que anunciou o secretário da Polícia Civil ao presidente da CPI das Crianças Desaparecidas, Alexandre Knoploch, nesta sexta (24/9).

Deputado estadual Alexandre Knoploch, presidente da CPI das Crianças Desaparecidas

Além disso, o secretário Allan Turnowski, garantiu que o “Alerta Pri” começará a funcionar em outubro. Trata-se de um sistema de alerta com informações e imagens de crianças desaparecidas que chegará aos celulares por meio de mensagens. A lei é de autoria do deputado Alexandre Knoploch, criador da Associação Brasileira de Segurança da Informação e Defesa Cibernética.

 

Tanto a criação de uma delegacia voltada para o desaparecimento quanto o Alerta Pri eram duas principais demandas da Comissão. A CPI foi criada pelo deputado estadual Alexandre Knoploch (PSL).

 

“O que se tem hoje na Baixada são as mães indo registrar o desaparecimento de seus filhos na Delegacia de Homicídios da Baixada, Mas isso é um completo desrespeito. Para todo o estado, só temos uma delegacia especializada nisso: a Delegacia de Descoberta de Paradeiros (DDPA), que fica na capital”, explicou Knoploch.

 

“Agora queremos essa nova delegacia, voltada justamente para a região onde mais desaparecem crianças e adolescentes em todo o estado”, completou.

 

Nova delegacia deverá funcionar em São João de Meriti

 

Questionado por Knoploch, Turnowski explicou que a nova delegacia provavelmente ficará em São João de Meriti.

 

“Temos um compromisso do governador, de que, assim que o novo concurso acontecer, teremos uma nova DDPA (Delegacia de Descoberta de Paradeiros) em São João de Meriti. Hoje, 90% das crianças que desaparecem no estado são encontradas. Mas estamos focados nos 10% dos quais não se tem notícias. E continuaremos trabalhando”, anunciou. .

 

Outro assunto abordado no encontro foi o mal atendimento dado aos familiares das crianças desaparecidas.

 

“As mães nos relatam que alguns agentes se recusam a registrar os desaparecimentos.Eles pedem que os familiares aguardarem 24 horas. É um absurdo”, expôs Knoploch.

Esteve presente no encontro o subcorregedor geral da Polícia Civil, Sergio Lomba. Ele divulgou um número de telefone, para denúncias de irregularidades.

 

“Através do 2332-9733 recebemos todas as denúncias de mau atendimento. O desaparecimento deve ser registrado imediatamente”, explicou Lomba.

 

A CPI das Crianças Desaparecidas já ouviu diversas entidades

 

Criada para investigar o desaparecimento de crianças e adolescentes no Estado, a CPI já recebeu diversas entidades ligadas à causa. Foram ouvidas denúncias e sugestões para elaborar políticas públicas. Também através da Comissão, um grupo de trabalho com as operadoras de telefonia está retirando a lei “Alerta Pri” do papel.

 

A legislação, de autoria do deputado Alexandre Knoploch, foi regulamentada em março. A medida determina a divulgação de nome, características físicas e até imagens de crianças desaparecidas por meio de mensagens A iniciativa foi inspirada no Alerta Amber, que já existe nos Estados Unidos.

 

No Rio de Janeiro, o projeto foi batizado de Alerta Pri em homenagem à Priscilla Belfort. Funcionária pública desaparecida há 14 anos, é irmã do lutador Vitor Belfort.

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