O 11 de outubro foi um dia histórico para a luta dos portadores de síndromes ocultas no estado do Rio de Janeiro. Foi finalmente aprovado, na Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro (Alerj), o Projeto de Lei 4303/2021, de autoria do deputado estadual Alexandre Knoploch. O projeto institui o Cordão de Girassol no estado, assim como suas normas de concessão e utilização. Mais que um simples acessório, o objeto, impresso com cores chamativas, será o símbolo de identificação das pessoas com deficiências ocultas no Rio de Janeiro.
“É mais uma vitória do meu mandato. Essa conquista vai contribuir para rápida identificação de quem sofre com as síndromes ocultas dando prioridade a essas pessoas em setores públicos e privados como rodoviárias, aeroportos, supermercados e restaurantes”, comemorou Alexandre Knoploch.
Criado há anos na Inglaterra, o cordão de girassol foi replicado em dezenas de países por ser bem-sucedido como um sinalizador de suporte diferenciado. O cordão realmente evitou cenas de constrangimentos e episódios que aumentam o nervosismo dos autistas em locais com circulação de pessoas, como hospitais, órgãos públicos, aeroportos, supermercados e rodoviárias. Vidas foram salvas e acidentes, como atropelamentos, foram evitados, graças ao chamativo acessório, conforme Knoploch explicou em sua coluna no Diário do Rio.
“É muito importante esse olhar cuidadoso para essa parte da sociedade que durante muito tempo sofreu e ainda sofre com a falta de soluções concretas para os problemas vividos por eles e seus familiares no dia a dia. Hoje demos um grande passo para mudar esse cenário”, completa o deputado sobre o cordão de girassol.
Calcula–se que cerca de 2% da população sofram de algum tipo de síndrome oculta, como autismo, Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade (TDAH), Síndrome de Tourette e doença de Crohn. Deficiência intelectual, visão monocular e subnormal e fibrose cística também são consideradas síndromes ocultas – assim como ansiedade, fobias, síndrome do pânico e psicoses.